domingo, 24 de maio de 2009

alma falante


Para que uma alma fale...é preciso estar desperta e consciente. Abri a minha janela hoje. Enfrentei um mar de emoções coloridas. Além do meu rio, da minha cidade espraia-se uma imensa planície alentejana sem horizonte. Aqui bem perto o meu jardim, os meus canteiros floridos perfumados de vida e de cor.
Hoje acordei cedo e com vontade de falar...já que acordar é o momento do dia, em que se fundem todas as sensações, em que se soltam todos os pensamentos, em que a vida se torna possível outra vez.
Solto a minha alma para que voe. Quero voltar a usufruir dos pequenos prazeres...o sabor adocicado de um vinho branco, o chocolate derretando na boca, o riso espontaneo, que faz cair uma lágrima, lá no alto seguindo o voo das cegonhas no meu olhar, a partilha, sempre a partilha, a minha mão subitamente sobre a tua.
Quero ter-te inteiro junto a mim. Diminuida a distância...estando tu e eu sempre aqui. Viver sem pressas, sem rotas, sem esperas, sem angustias, apenas usufruindo do amor.

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