Apenas isto
Ao ritmo das nebelinas da manhã,
Momentos obscurecidos pelo excesso
Desta minha luz, esquivamente vã,
Ao sabor da música que esqueço
Para não me ferir. Minto.
E a eternidade é apenas isto.
Momentos de graça, abraços lunares
Sono atravessado pelo pensamento.
E as minhas mãos, inúteis borboletas.
Despida a ternura do meu momento,
Barco naufragado em águas pretas
Pássaro louco sem contento,
Ao rufar do tambor imponente
Fujo, para não sofrer.
E a eternidade apenas isto.
Vislumbres de luz, torres, ruínas,
A minha face escondida num sorriso.
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