Aprendi a amar-te lentamente, adivinhando a tua chegada, antecipando a tua vinda com um sorriso.
Defini-te os contornos por entre as brumas de uma tarde de sol. Tu, sempre tu. Muito mais baixo do que tinha imaginado, muito mais imperfeito também.
Aprendi a amar-te no voo das borboletas, nos tropeções exagerados do mundo, na inconstância das minhas palavras, nos teus lábios sorridentes, no perfume do teu abraço.
Aprendi a esquecer-me dos outros , a trazer-te para dentro da água corrente, a passear contigo de braço dado nas noites sem luar.
Aprendi a esquecer-me do tempo, a abraçar-te de noite, de dia, a toda a hora. Aprendi a esquecer-me de mim para ir ao teu encontro. Aprendi a dar me, a dar-te o melhor, tudo o que não tenho e afinal vou buscar porque acredito.
Aprendi . Aprendi a gratidão , aprendi o perdão, aprendi o amor em si.
E de tanto aprender, perdi o sentido e mergulhei apenas nos teus braços, repletos da solidão da última eternidade.
Aprendi a amar-te nas entrelinhas do meu sonho.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
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