Não sabes, mas todos os dias te escrevo. Palavra a palavra, ponto a ponto, componho o sentimento.
É sempre um desperdício o silêncio na voz de quem se ama. e ocorrem-me as tuas palavras de ouro, as que atiraste ao poço de água parada em que estou. Nada faz sentido agora que as tuas palavras se afundaram de vez. Por vezes vislumbro apenas a tua claridade, uma réstia de azul, apenas um raio reflectido numa parede.
Não sabes, mas obrigo-me a ficar alheia, a guardar para mim o que só a mim diz respeito. Escrevo-te apenas, imagino-te, recrio-te, como só eu conssigo. E as palavras saem doces ou amargas alternadamente. E as palavras libertam ou pesam invariavelmente.
E a felicidade continua a ser um óasis no deserto da vida.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
domingo, 8 de janeiro de 2012
Encontrei a flor dentro do perfume musical do meu corpo.
Encontrei o fumo anil navegando no mar da minha alma.
Procurei o meu jardim, a minha alma gémea, a minha irmã nesta vida.
Procurei uma razão, uma missão, uma dádiva de amor eterno.
Busquei, logrei encontrar e perdi mil vezes, mil certezas, mil sorrisos.
Fora de mim, gravitam seres que me fascinam pela sua beleza, pelo seu carisma, pela sua luz.
Dentro, bem no fundo de mim, amo, ardo, corrijo a trajectória que o Universo traçou para mim.
Encontrei o fumo anil navegando no mar da minha alma.
Procurei o meu jardim, a minha alma gémea, a minha irmã nesta vida.
Procurei uma razão, uma missão, uma dádiva de amor eterno.
Busquei, logrei encontrar e perdi mil vezes, mil certezas, mil sorrisos.
Fora de mim, gravitam seres que me fascinam pela sua beleza, pelo seu carisma, pela sua luz.
Dentro, bem no fundo de mim, amo, ardo, corrijo a trajectória que o Universo traçou para mim.
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Errado era o convite. Tempestade em copo de água tépida em estação de Inverno.
Errado era o encontro. Tropêgo ensejo de te abraçar uma vez mais, menos vazia a rotina.
Errado foi o abraço. Sol frouxo e rabujento. Doce tormenta de passos arrastados no sótão da calçada.
Erradas foram as palavras. Veias vazias de seiva, tristemente flutuando o azul do agasalho.
Errado foi o passeio. Senda dada a anjos perdidos divagando ao nosso encontro.
Errada a companhia . Impróprio o lugar. Luminosamente verdes os reflexos sobre a mesa.
Errada a lembrança. Despropositadamente consumista de laço e papel natalício.
Errado o humor, a comida insípida, o tempo gasto. Os minutos limitados sempre com a mente noutros lugares.
Errada a despedida, seca, solta. Paragem a meio. Adeus, adeus, vai, vai.
Errada a rua, a lua, a via. Apenas estava certo o bater do meu coração.
Errado era o encontro. Tropêgo ensejo de te abraçar uma vez mais, menos vazia a rotina.
Errado foi o abraço. Sol frouxo e rabujento. Doce tormenta de passos arrastados no sótão da calçada.
Erradas foram as palavras. Veias vazias de seiva, tristemente flutuando o azul do agasalho.
Errado foi o passeio. Senda dada a anjos perdidos divagando ao nosso encontro.
Errada a companhia . Impróprio o lugar. Luminosamente verdes os reflexos sobre a mesa.
Errada a lembrança. Despropositadamente consumista de laço e papel natalício.
Errado o humor, a comida insípida, o tempo gasto. Os minutos limitados sempre com a mente noutros lugares.
Errada a despedida, seca, solta. Paragem a meio. Adeus, adeus, vai, vai.
Errada a rua, a lua, a via. Apenas estava certo o bater do meu coração.
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