segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Não sabes, mas todos os dias te escrevo. Palavra a palavra, ponto a ponto, componho o sentimento.
É sempre um desperdício o silêncio na voz de quem se ama. e ocorrem-me as tuas palavras de ouro, as que atiraste ao poço de água parada em que estou. Nada faz sentido agora que as tuas palavras se afundaram de vez. Por vezes vislumbro apenas a tua claridade, uma réstia de azul, apenas um raio reflectido numa parede.
Não sabes, mas obrigo-me a ficar alheia, a guardar para mim o que só a mim diz respeito. Escrevo-te apenas, imagino-te, recrio-te, como só eu conssigo. E as palavras saem doces ou amargas alternadamente. E as palavras libertam ou pesam invariavelmente.
E a felicidade continua a ser um óasis no deserto da vida.

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