Errado era o convite. Tempestade em copo de água tépida em estação de Inverno.
Errado era o encontro. Tropêgo ensejo de te abraçar uma vez mais, menos vazia a rotina.
Errado foi o abraço. Sol frouxo e rabujento. Doce tormenta de passos arrastados no sótão da calçada.
Erradas foram as palavras. Veias vazias de seiva, tristemente flutuando o azul do agasalho.
Errado foi o passeio. Senda dada a anjos perdidos divagando ao nosso encontro.
Errada a companhia . Impróprio o lugar. Luminosamente verdes os reflexos sobre a mesa.
Errada a lembrança. Despropositadamente consumista de laço e papel natalício.
Errado o humor, a comida insípida, o tempo gasto. Os minutos limitados sempre com a mente noutros lugares.
Errada a despedida, seca, solta. Paragem a meio. Adeus, adeus, vai, vai.
Errada a rua, a lua, a via. Apenas estava certo o bater do meu coração.
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